LEVA-SE RODIÃO NOS PRIMEIROS 30 MINUTOS ATÉ NA ARENA
Sexta-feira, 04/04/2025, 01h04min - Foto: DivulgaçãoToda avaliação em começo de trabalho é precária, pela falta de dados que uma trajetória mais longa fornece, no caso do Grêmio também pela falta de conhecimento dos planos e estratégias do condutor do processo (treinador Quinteros), eis que novo no cargo, e pra fechar a roda, a renovação do plantel, em relação a 2024, foi de quase 80%. Ou seja, é quase tudo novo!
No entanto, o Grêmio padece de um plano de jogo para os primeiros 30 minutos de partida, quando, invariavelmente, é subjugado pelo adversário, quase que humilhado, e o reflexo disto sobe pelas arquibancadas e atinge em cheio a torcida, que não tem mais confiança no time, nem mesmo dentro da Arena.
Mas este não é um fenômeno da era Quinteros. Começou em 2023, quando começamos a tomar gol de qualquer time, de qualquer jeito e se agravou em 2024, a ponto de times da segunda página do Brasileirão virem pra cima do Tricolor nos primeiros 20/30 minutos de partida, em plena Arena, e muitos deles saírem com 3 pontos dali.
Em alguns casos, o time reverteu na segunda parte do primeiro tempo, às vezes na segunda etapa, o certo é que até times com folhas de pagamento de 10% do valor da nossa, dão rodião no Grêmio no início dos jogos.
Recentemente, no confronto com o Atlético MG, na Arena, os primeiros 25 minutos de jogo duraram quase um século, tamanha a humilhação a que fomos submetidos, pelo toque de bola em velocidade do time mineiro, sem que conseguíssemos ficar mais de alguns segundos com a bola e sem saber o que fazer com ela.
Se não fosse a noite espetacular de Tiago Volpi, seríamos goleados implacavelmente em 25 minutos de jogo.
Saudades dos bons tempos, em que poucos times brasileiros aguentavam a pressão inicial dos jogos no Olímpico, quando o Grêmio ia pra cima do adversário sem dó, e em muitos deles acabava com o jogo na primeira metade da etapa inicial.
Taddeu Vargas - Jornalista - MTE 15.340