GRÊMIO, UM TESTE DE PACIÊNCIA
Quinta-feira, 08/05/2025, 11h05min - Foto: DivulgaçãoOntem foi mais uma noite amarga para o torcedor gremista. O empate sem gols contra o modesto Atlético Grau, do Peru, pela Copa Sul-Americana, foi menos um jogo e mais um teste de paciência. Foram 90 minutos que pareceram uma tortura para quem ainda insiste em acompanhar o Grêmio com esperança de ver futebol de verdade.
É injusto jogar toda a responsabilidade nas costas de Mano Menezes. Na verdade, parece que deram a ele um quebra-cabeça com peças trocadas — ou pior, peças que não se encaixam. A montagem do time beira o impossível, e a cada partida fica claro que a engrenagem simplesmente não gira.
O problema do meio de campo é crônico. Já falamos disso várias vezes. A falta de organização salta aos olhos: erros de passe bobos, jogadores fora de posição, o time sem bola é um amontoado desorientado. E quando finalmente surge uma chance de finalização, ninguém arremata com convicção. Os jogadores hesitam, erram, se perdem. Ontem, diante de um adversário fraco, o Grêmio ainda conseguiu ser inofensivo. Isso diz muito.
O torcedor observa, incrédulo, uma escalação que entra em campo sem energia, sem proposta clara, sem alma. Fica difícil se conectar com um time que não entrega nada. E o pior: essa sensação tem sido rotina. Jogo após jogo, o sentimento de frustração só aumenta. É como se assistir ao Grêmio hoje fosse um ato de resistência — e não de paixão.
A verdade é que o time vai desanimando sua torcida pouco a pouco. E o mais preocupante? Já tem muita gente que simplesmente não sente mais vontade de assistir.
Rafaela Glavam - Educação Física PUCRS