RENATO NÃO FICA. SAIBA POR QUE.
Terça-feira, 26/11/2024, 11h11min - Foto: DivulgaçãoÉ mais simples do que se pode imaginar e não passa somente pelos maus resultados de campo, tem a ver com a mudança radical que o plantel do Grêmio sofreu nos últimos 2 anos e isto importa diretamente na permanência ou não de Renato no comando técnico.
De 2018 a 2021 (e alguns meses de 2022), o poder no vestiário Gremista se dividia em três correntes: a direção era uma delas; Renato Portaluppi era outra e a terceira era um grupo de jogadores, ditos "cascudos", que exerciam enorme influência no plantel, no próprio treinador e também na direção.
Este terceiro grupo de poder, ao longo daquele período, influenciou quase tudo no Grêmio, inclusive apontando, pra não dizer exigindo, jogadores que deveriam ser contratados pelo clube. Do mesmo modo que protegeu a permanência do técnico, e "resistiu" à troca de Renato por Tiago Nunes e depois obstruiu o trabalho do próprio Felipão.
Renato começa a perder poder quando o plantel muda de cara, quando alguns dos líderes do "terceiro poder" - vamos chamar assim - vão embora ou deixam de exercer liderança técnica, ou se aposentam, ao mesmo tempo que o clube investe em atletas de fora, mais jovens na média, e principalmente com cultura futebolística diferente da nossa.
O perfil das lideranças do plantel neste momento é de atletas mais profissionais, que almejam mais do que a simples renovação de seus contratos, desejam ser vencedores, ganhar títulos e, sem a pressão do vestiário, a direção se sente liberada para buscar uma alternativa a Renato Portaluppi.
Taddeu Vargas - Jornalista - MTE 15.340