NEM O EMPATE CONSEGUIMOS

Mais uma noite, mais um jogo, e o Grêmio insiste nos mesmos erros que já viraram rotina. Contra o CSA, vimos novamente um time que até tenta ser ofensivo, tenta criar, tenta propor jogo — mas não tem organização alguma para sustentar isso. Sem a bola, o time simplesmente não sabe o que fazer. Ninguém se apresenta, não há linhas de passe, não há construção. É um time que se perde no meio de campo e se esconde na hora de assumir responsabilidade.

A defesa? Um caos. A transição da defesa para o ataque é inexistente. Quando o Grêmio finalmente conseguiu virar o placar para 2x1, tomou o empate num lance absolutamente ridículo — uma falha grotesca da zaga, do tipo que não se vê nem em time de pelada. E o gol da virada só aconteceu por causa de uma falta completamente desnecessária do Jemerson, que parece jogar com o inimigo às vezes.

Era noite para, ao menos, arrancar um frustrado empate fora de casa. Mas nem isso. O Grêmio, que há tempos se especializou em ressuscitar adversários mortos, fez de novo o que vem fazendo com maestria: entregar de bandeja para um time que não mostrava força alguma. Entregou o jogo, entregou os pontos e entregou mais uma atuação patética.

E não, não dá nem pra colocar toda a culpa no técnico. O problema está dentro de campo. É falha de postura, de concentração, de comprometimento. É um elenco que não se ajuda, que não se comunica, que parece não entender a gravidade do momento. Um meio-campo desorganizado, uma defesa desconectada — não fosse Kannemann segurando o que pode, o vexame teria sido ainda maior. Mas nem ele consegue resolver sozinho quando o time não consegue segurar a bola e muito menos afastar o perigo.

O Grêmio precisa mais do que reforços. Precisa de vergonha na cara.

Rafaela Glavam - Educação Física PUCRS

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