A GRANDE INCERTEZA DO MOMENTO

Estamos nas vésperas da abertura da temporada 2025, e nós gremistas carregamos algumas incertezas. A maior delas na camisa 1. Diz o ditado que um bom time começa por um bom goleiro. E, se olharmos para a história do Grêmio, times vitoriosos tiveram nomes como Marcelo Grohe, Danrlei e Mazaropi. O impasse envolvendo Marchesin — que pode sair para o Boca Juniors — obriga o Grêmio a apostar em Gabriel Grando, enquanto Adriel, que não treinou nenhum dia e mesmo que tenha reclamado de dores, não teve lesão diagnosticada.

Não estou dentro do Grêmio para saber a realidade. O clube, infelizmente, se comunica pouco com seu torcedor. Mas o histórico polêmico de Adriel sugere que ele não quer permanecer em Porto Alegre. Assim, restam duas opções: Gabriel Grando, titular no primeiro teste da temporada, ou Thiago Beltrame, uma jovem promessa da base. É preocupante? Sim. Mas acredito que a preocupação não está na qualidade dos atletas. Gabriel Grando não é um goleiro ruim e pode evoluir. No entanto, é um atleta marcado pelo rebaixamento do clube. Parte da torcida não quer vê-lo nem pintado de azul.

Sejamos justos: a defesa do Grêmio tem falhado nos últimos anos, independentemente do goleiro. Nem mesmo Marchesin foi capaz de evitar isso. Mas Grando, por seu histórico, não terá paz quando cometer erros — e mesmo os bons falham. Thiago Beltrame pode ser uma solução, ainda mais porque o técnico Quinteros destacou repetidamente em sua coletiva que acredita na base. Contudo, o verdadeiro problema não é escolher entre Grando, Thiago ou uma contratação. É a falta de uma definição clara.

Rodízio no gol já se mostrou uma estratégia fracassada. O Grêmio precisa definir seu arqueiro e comunicar isso publicamente ao torcedor. Dê-se a titularidade a um deles, e, se o escolhido não corresponder, busque-se uma solução no mercado. Se for para contratar, que isso seja comunicado sem meias palavras. A indefinição atual só gera desconfiança, especialmente se os escolhidos forem os goleiros que estão no clube.

Para não dizer que não falei das flores, a chegada de Cuéllar é um alívio para todo gremista. Ao lado de Villasanti, ele traz uma segurança ao nosso sistema de meio campo. O Gauchão está prestes a começar, e que essa seja uma linda caminhada rumo ao octa. A torcida, tenho certeza que outra vez fará sua parte, para no dia 16 de março, levantar o histórico oitavo título estadual consecutivo.

César Augusto Saadi - Jornalista Esportivo

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